Pátio das Oliveiras ou “Olival” do Évora Olive Hotel espelha algumas das várias espécies de Oliveira existentes em Portugal e no Alentejo.

Conta com sete diferentes variedades de Oliveira, num total de catorze.

GALEGA VULGAR – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: GALEGA VULGAR
Origem: Portugal (inicialmente, no tempo dos Reis Católicos de Espanha, Fernando e Isabel, (sec. XVI), terá vindo da região espanhola da Galiza.)
Sinonímias: Galega, Galega Miuda, Molar, Molarinha, Negroa, Negrucha
Disseminação: Ribatejo, Alentejo, Beira Interior, Algarve e em Espanha (Huelva e Extremadura).
Utilizações: Azeite e conserva em negro.
Principais características: Cultivar de grande rusticidade, de vigor elevado, porte erguido, muito produtiva e de grande alternância. Entrada em produção precoce. Relação polpa/caroço baixa. Elevada resistência do fruto ao desprendimento, pouco apropriada à colheita mecânica por vibração e queda acentuada dos frutos no fim da maturação. Baixa capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa. Muito susceptível à gafa, à mosca, à tuberculose, à cochonilha e à fumagina e resistente ao Verticillium e ao olho de pavão. Tolerante à seca, sensível ao frio, à salinidade e ao calcário activo. Baixo rendimento em azeite (<18 %) e pobre em ácido linoleico. Azeite suave, com notas marcadas de verde folha de oliveira e maçã.

Cultivar incluída nas ”DOPs “Azeites de Beira Alta”, “Azeites da Beira Baixa”, “Azeites do Ribatejo”, “Azeites do Alentejo Interior” ,“Azeites de Moura”e “Azeites do Norte Alentejano”

MAÇANILHA DE TAVIRA – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: MAÇANILHA DE TAVIRA
Origem: Portugal e Espanha
Sinonímias: Maçanilha de Tavira, Maçanilha Algarvia.
Disseminação: Algarve e Alentejo.
Utilizações: Conserva em verde ou mista e azeite.
Principais características: Cultivar de vigor elevado, arborescência média, porte aberto, medianamente produtiva e alternante. Entrada em produção precoce. Relação polpa/caroço média. A separação do caroço da polpa é difícil. Baixa capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa (<20 %). Baixa resistência dos frutos ao desprendimento o que facilita a colheita mecânica. Tolerante ao frio, à seca e à salinidade. Média incidência à tuberculose e à gafa e alta ao olho de pavão. Suscetível à mosca, à traça e à cochonilha.

Médio rendimento em azeite (18-22 %) de muito boa qualidade. Azeite verde intenso com notas marcadas de verde folha de oliveira, erva fresca e casca de banana verde.

GALEGA GRADA DE SERPA – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: GALEGA GRADA DE SERPA
Origem: Portugal
Sinonímias: Galega Grada de Borba, Galega Grada, Galega Grossa Redonda.
Disseminação: Alentejo e Algarve.
Utilizações: Conserva em preto (artesanal) e também azeite.
Principais características: Cultivar de vigor elevado, arborescência média, porte erguido, de grande rusticidade e boas produções. Relação polpa/caroço alta. Baixa resistência do fruto ao desprendimento e queda acentuada do fruto durante a maturação. Média capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa (20-60 %). Muito tolerante ao frio. Média incidência à cochonilha e à fumagina e baixa incidência à tuberculose e à mosca. Médio rendimento em azeite (18-22 %), de qualidade razoável.

REDONDIL – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: REDONDIL
Origem: Portugal
Sinonímias: Manzanilla (ES).
Disseminação: Alto Alentejo.
Utilizações: Conserva em verde de muito boa qualidade.
Principais características: Cultivar de vigor e arborescência médios, porte aberto, de produção regular. Entrada em produção média. Relação polpa/caroço alta. Média capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa (40-60 %). Baixa resistência do fruto ao desprendimento e queda natural acentuada em plena maturação.

Cultivar apropriada à colheita mecânica com vibrador de troncos. Muito atreita aos efeitos do granizo e susceptível ao excesso de humidade do solo. Susceptível à gafa, ao olho de pavão, à tuberculose e ao escudete e muito susceptível à mosca da azeitona (muitas vezes utilizada nos olivais como indicativa do ataque da praga). Alto rendimento em azeite (18-22 %), pobre em ácido linoleio, mas complexo. Cultivar incluída nas DOPs “Azeitona de Conserva de Elvas e Campo Maior” e “Azeites do Norte Alentejano”.

BLANQUETA – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: BLANQUETA
Origem: Espanha
Sinonímias: Branquita e em Espanha Villalonga, Blanc Roig, Blanca, Blanquilla.
Disseminação: Alto Alentejo e Ribatejo.
Utilizações: Azeite e conserva em verde e preto.
Principais características: Cultivar de vigor médio, arborescência média e porte erguido, de muita e regular produção. Entrada em produção muito precoce. Baixa resistência do fruto ao desprendimento, com queda natural acentuada. Média a boa capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa (60-80 %). Baixa incidência à gafa e àmosca e muito susceptível à tuberculose. Alto rendimento em azeite (22 a 24 %), rico em ácido linoleico. Cultivar incluída na DOP “Azeites do Norte Alentejano”.

CARRASQUENHA – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: CARRASQUENHA
Origem: Portugal
Sinonímias: Carrasca, Redonda
Disseminação: Alto Alentejo e Beira Interior
Utilizações: Azeite e conserva em verde.
Principais características: Cultivar de vigor baixo, arborescência média, de porte aberto, bastante produtiva em porta-enxerto vigoroso. Relaçao polpa/caroço média. Média resistência do fruto ao desprendimento e queda natural reduzida. Baixa capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa. Cultivar adaptada à colheita mecânica. Adapta-se a diferentes tipos de solos e resiste bastante bem à seca mas é sensível ao excesso de humidade. Baixa incidência à gafa e média à mosca, mas susceptível à mosca. Alto rendimento em azeite (22-24 %), de mediana riqueza em ácido linoleico e muito complexo.

Cultivar incluída nas DOPs “Azeitona de Conserva de Elvas e Campo Maior” e “Azeites do Norte Alentejano”.

AZEITEIRA – OLEA EUROPAEA EUROPAEA L. VAR. EUROPAEA

Nome científico: Olea europaea europaea L.
Cultivar: Azeiteira
Origem: Portugal
Sinonímias: Azeitoneira, Carrasquinha.
Disseminação: Alto Alentejo e Beira Interior.
Utilizações: Conserva em verde e também azeite, de baixo rendimento pese embora o nome da cultivar.
Principais características: Cultivar de vigor baixo, arborescência média e porte aberto, muito produtiva e regular. Entrada em produção muito precoce. Relação polpa/caroço elevada. Baixa resistência do fruto ao desprendimento, com bastante queda natural da azeitona. Elevada capacidade de propagação vegetativa por estaca semi-lenhosa (60-80 %). Baixa incidência à gafa e à mosca. Baixo rendimento em azeite (13 a 16 %), pobre em ácido linoleico.

Incluída na DOP “Azeitona de Conserva de Elvas – Campo Maior”

José Gouveia