Visitar Lisboa em Junho é sinal de pouco aborrecimento dada a vasta e diversa programação cultural. Concertos diversos. Teatro. Corrida. Homenagem ao poeta Fernando Pessoa através de iniciativas na Casa Fernando Pessoa e Lisboa Pessoa Hotel. Arraial e sardinhada. Fogo de artificio. Vinho, música popular, marchas e bailarico.

Créditos: E-konomista

Programação Festas Populares de Lisboa

A programação no mês de junho é vasta e começa já no dia 1, com concertos de entrada livre à beira-rio “Canções de uma Noite de Verão”, no Terreiro do Paço, pelas 22:00, com Ana Bacalhau, António Zambujo, Aurea, Conan Osiris e Marta Ren, acompanhados pela Orquestra Pop Portuguesa.

De 01 de junho a 02 de julho, celebram-se os santos populares em arraiais realizados em vários espaços como Alcântara, Belém, Benfica, Carnide, Estrela, Misericórdia, Olivais, São Vicente e Santa Maria Maior (da qual faz parte Sacramento, Chiado). O Arraial dos Navegantes é uma alternativa, durante os dias 02, 03 e 04 de junho, no Parque das Nações. O Arraial da Vila Berta, de 02 a 12. O bairro de Telheiras com programa de 02 a 11 de junho. Arraiais espalhados por Lisboa de fio a pavio.

Para os que não perdem uma corrida, a Corrida de Santo António vai ter início às 09:00 de 04 de junho, na Praça do Império, em Belém (10 quilómetros).

Festa lusa sem fado, não é festa. Haverá Fado no Castelo no dia 16 de junho, a partir das 21:30, na Praça de Armas do Castelo de São Jorge, com atuação de Sara Correia e Stereossauro e, no dia 17 de junho com Katia Guerreiro e Jaca.

Os casamentos de Santo António são uma tradição que ocorre no dia 12 de junho, na Sé de Lisboa e no Salão Nobre dos Paços do Concelho. As marchas populares, com o desfile na Avenida da Liberdade.

Mas a festa também se estende ao teatro. O Teatro São Luiz tem em cena o espetáculo de música teatral “100 Amália” no dia 11. A Casa Fernando Pessoa promove no dia 13, para assinalar os 135 anos do nascimento do poeta, leituras de textos pelo Grupo de Teatro da Faculdade de Letras de Lisboa, com encenação de Marcantonio del Carlo.

O Lisboa Pessoa Hotel homenageia, também, o poeta com uma iniciativa, lançada aos Urban Sketchers, de nome “A desenhar a Lisboa de Pessoa”, Esta ocorrerá, no dia 13 de junho, nos terraços do restaurante Mensagem, das 14h30 às 17h30. Edição esgotada com 28 autores já inscritos. Entrada livre para quem quiser observar e registar o momento, sujeita à capacidade do espaço.

No dia 29 de junho, a música clássica vai encher o jardim da Torre de Belém, com a Sinfonieta de Lisboa a juntar-se às vozes do Coro do Festival de Verão e de Cecília Rodrigues (soprano), Carolina Figueiredo (alto), Carlos Guilherme (tenor) e Luís Rodrigues (baixo).

A encerrar as festividades, no dia 30 de junho, Miguel Araújo estará no centro do espetáculo de encerramento “Dança de um dia de Verão, com Bárbara Tinoco, Os Quatro e Meia e Tatanka, no jardim da Torre de Belém, pela mesma hora.

Festa e animação não falta! Aloje-se num hotel em Lisboa para não perder nada.

Se deseja perceber um pouco da história desta festa popular, deixamos aqui algumas notas.

Como nasceu a tradição das Festas Populares de Lisboa

No dia 12 junho de 1932 , no diário de Lisboa sai a notícia em que se anuncia a festa popular. Mas, a tradição, como a conhecemos hoje, foi criada graças ao cineasta, José Leitão de Barros, que nesse ano convidou várias coletividades a apresentarem os seus espetáculos. Dois anos depois, o desfile foi finalmente para a rua. Houve Arraiais e sardinhadas.

A festa estava de volta à cidade, depois de muitos anos sem qualquer tipo de celebração, desde 1916.

Quem foi Santo António, o padroeiro da cidade

Santo António terá nascido no princípio do século XII, perto da Sé, em Lisboa, como Fernando Bulhões.
Protetor da casa e da família, protetor dos namorados e casados, uma ajuda preciosa para encontrar objetos perdidos. Foram muitos os atributos que o fizeram popular.

Este estudou em Coimbra, onde decidiu abandonar a regra de Santo Agostinho e ingressar na Ordem de São Francisco, mudando-se então para o Convento de Santo Atão dos Olivais, onde adotou o nome de António em homenagem ao eremita (o nome latino de Atão é Antonius).

Foi nesse ano que partiu para Marrocos para pregar as escrituras e, durante a viagem de regresso a Portugal, foi desviado para Itália por uma tempestade. Viveu em Pádua até à sua morte, no dia 13 de junho. A sua morte instituiu a primeira data das festas. Mas houve um período em que as comemorações da capital se faziam em duas alturas distintas: a 13 de junho, data da morte de Santo António, e a 15 de fevereiro, dia em que foi trasladado para a catedral de Pádua.

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